quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sampa


Não moro no Rio de Janeiro para ver a garota de Ipanema, no doce balanço a caminho do mar.
Muito menos lá nasci, não tenho ninguem que me faz tudo sempre igual, me sacodir as 6 horas da manhã.
Não sinto o Inverno no Leblon, quase glacial.

Eu sou aquele que ama uma música e odeia em uma semana, maldita culpa do despertador, maldita culpa de colocá-la como toque ao despertar.

Sou paulistano, cruzo a Ipiranga com a São João, não com o sentimento musical, mas com o atraso ocasional.

Sou suburbano, acelero sempre os passos, a beleza quando aprecio é coisa única, a joaninha no cabelo de uma morena, voou...

Daqui sou natural, natural de uma mistura única, que só o ser paulistano consegue possuir.
Daqui não sou igual, mesmo sendo só mais um, sou um milhão em um.

Desacelero os passos, desacelero os pensamentos, acá encontro eu, tu, ele, encontro todos os sujeitos, todos os trejeitos, eu encontro.

Acá é só mais um paulistano, na terra de pedra, de ninguém, mas qual terra que não tem? E qual terra pertence a alguém? 

Acá é só mais um paulistano, aqui tem praia, tem palmeira onde canta o sabiá, acá tem bixo, tem grilo, mas cada qual em seu lugar.

Acá é terra da garoa, eu lhe informo, não chove 24 horas, aqui tem sol, tem flores, tem arco-iris e amores.

Acá é só uma companhia de uma noite épica, inesquecível, que no outro dia não lembrará o nome, muito menos caracteristica, algo mágico passou, algo que em sua mente, somente ficou.

Acá, São Paulo.

domingo, 20 de novembro de 2011

Paulistano

E em uma noite erudita, não houve toque, poucos contatos, nada profundo.
Uma noite de nada novo no céu paulistano, porém, na rua, algo surge e lhe trás o brilho, aquele da estrela, aquele das estrelas, simplesmente aparece.
Na noite paulistana...
Na noite paulistana o brilho não está no céu, e sim, nas pessoas.