terça-feira, 25 de setembro de 2012

Sinopse

  A  um certo tempo atras, na época em que sorrisos eram vistos escancaradamente, em alto som, percorrendo todo um movimento corporal saindo de um rapaz de aparência jovial que escancarava para o mundo que aquilo era real, uma moça, sutilmente, de aparência forte e personalidade estrondosa, fez uma pergunta em um tom de exclamação a este rapaz, perguntando se ele estava bem, se ele estava feliz;
Seu semblante mudou, ele disse que naquele momento estava, logo soltou um sorriso, a moça, com um olhar penetrante disse a ele, com voz de avelã, porém, uma sentença fria, dizendo-o que ele nao sabia o que era felicidade.
  Fez-se um vão, um olhar distante vindo dele, logo após este momento.
Passado se o tempo, aquela frase nao saiu de sua cabeça, fazendo-o perguntar a si mesmo, quando ele soltava um sorriso, se aquilo era realmente felicidade.
Através de análises minimalistas diárias, percorrendo o passado através de pequenos momentos, ele olhou-se no espelho e, ao ver seu reflexo, sorriu.

  Ele nunca fora feliz, seus sorrisos espalhados em memórias e fotografias era pura nostalgia, nada mais além do que um cego possa sentir.
Suas viagens, tanto regadas a luxo quanto a lixo, foram nada mais que momentos de entropia, ligadas a sua jovialidade paulistana. Seus amigos na verdade nunca existiram, as pessoas foram partes momentâneas de uma realidade fictícia, na qual ele mesmo criou e penetrou-se, realizando assim, comodidade ao comodismo.

  Ele nao culpa ninguém, pelo contrario, ele foi o autor de sua novela, ele criou seus roteiros, cenas, musicais, e até mesmo a abertura de cada situação.
Triste foram os ontens, aqueles regados a um desconhecido, que, até então, ele achava novo.
  O rapaz, desamparado durante um longo período no qual Freud sentiria tesão em estudar, encontrou, então, o lado positivo da situação.


  Seus sorrisos nao foram desperdiçados, muito pelo contrario, foram momentos de treino para um grande espetáculo que esta por vir, o espetáculo de sua vida, iniciando-se agora, diante de olhos reais e, de sorrisos que nao são mitos.
  Que venham novas pessoas, odores e amores, porém, que seja puro e verdadeiro, tal como será o seu sorriso daqui em diante.

E o seu sorriso, foi real hoje?
 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

100


Ele não está aqui para ser ponte de uma aventura,
Ele não está aqui para os momentos em que você procura doçura.
Ele não está aqui para ser parte de uma madrugada,
Ele não está aqui para lhe acompanhar em um cigarro junto à sacada.
Ele não está aqui para ser compartilhado,
E sim, para ser um só junto com seu ser amado.

Ele não quer oito, muito menos oitenta,
Quando vê que é assim seu coração nem tenta.
Ele quer o topo da montanha, escalar além do céu,
Mais do que a sensação do beijo abaixo do véu.
Ele quer gritar, morrer de saudade,
E não, um amor até a metade.

Tic Tac, o tempo passa, contigo seu coração está indo,
No avião aquele adeus não foi bem-vindo.
No avião, o tempo passa.
Tic Tac, o tempo passa, de seu ser restou,
Lembranças de poucos momentos que contigo passou.


Tic Tac, Tic Tac, Tic Tac o tempo passa,

Rasuras e rabiscos: sintomas de um amor no qual o tempo...
O tempo mostrará se todo esse tempo fora tempo perdido.


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Garoto

O avião que passa por cima de sua casa a caminho do desconhecido,
Motiva o garoto a sonhar através de fatos vividos.
Os olhos que alcançam uma distância inimaginável graças a seu coração,
Motiva o garoto a sonhar com uma pessoa, até então.

A respiração afobada e a dor em seu punho,
Não o impede de sonhar cada vez mais a fundo.
Com a despedida do outono e a chegada do inverno,
Seu amor, apesar de tristonho, sente que é eterno.

Carros que vão; Carros que vem,
A tristeza se vai ao lembrar daquele amor que lhe convém.
Ah, se a distância entre os continentes não existisse,
Talvez seu coração não viveria tão triste.
Ironia da vida, só pode ser,
Aquilo que o mata, ao mesmo tempo lhe motiva a viver.

Saudade que vai, saudade que vem,
Saudade que se renova em cada parada do trem.
Saudade, sente o garoto em todo entardecer,
Saudade, sente o garoto de sua razão de viver.


terça-feira, 5 de junho de 2012

Partida


Mesmo com asas machucadas,
O anjo voa desatento.
Cambaleia em alguns momentos,
Entristecido sobre o relento.

Aqui está, ali, não mais,
Disseram que fora visto voando pelo cais.
Inveja deve ter sentido dos marinheiros,
A zonear e a curtir a farra no mundo inteiro.

Diante das ondas ele põe-se a chorar,
Com seu amor, o anjo não mais está.
Ah, meu anjo, deixa eu lhe ensinar,
O marinheiro feliz agora está,
Porém, quando vai dormir, dorme somente com o barulho do mar.

Ensino-te, meu anjo, mesmo com suas asas feridas,
Essa não será a primeira, nem a última partida sofrida.
Quero sempre seu bem por onde quer que se vá,
Erga as asas, meu anjo, é novamente hora de voar.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Agora


 A tristeza acompanha cada tragada de um cigarro,
Assim como cada gota de chuva desespera as famílias pobres de São Paulo.
A roupa molhada não mais em meu corpo está,
O pensamento não sai da pessoa que mora acolá.

Se é certo ou não; Ai meu Deus, eu não sei,
Assim como é meu aprendizado ao idioma Japonês.
A bussola de meu coração aponta para o Sul,
Quando olho para o céu, as nuvens se perdem no horizonte azul.

Concordo com Adriana,
Ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o nome.
Assim tão incerto como é seu codinome.
Discordo de Adriana,
Eu não vejo tudo em quadrado,
Após meu acidente, meu coração palpita louco para ser amado.

Diversas vezes, seu ser pode ser amargo,
Não se pode reclamar,
Sem o amargo não seria tão gostoso ser amado.
Aqui estou, só isso eu sei.
A chuva passou,
Não maltrate o amor que lhe dei.

sábado, 2 de junho de 2012

Você


Você para, pensa, pensa, pensa...
Você sente medo, sente angústia, você sente...            

Debruça-se em seus próprios braços e tenta se auto acalmar.
A dor é inevitável e, seus pensamentos levam a mente a tristeza.
Você pode querer sair disso, é gritante tua vontade, mas a mente é traiçoeira, ela manda em seu corpo, principalmente em você. Aprenda a viver com ela, tente manusear, mas saiba que não estará no controle 24 horas, pois o sono vem.
Momentos de felicidade invadem o cérebro para controlar a dor, e isso faz com que se sinta abraçado, mas lembre-se, são seus braços a te rodear.

Aos poucos a calma vem, aos poucos a dor te convém.
Segundo a segundo a respiração vai se acalmando, segundo a segundo sua dor vai suspirando.
Você sabe que dessa vez, na roleta russa, saiu vitorioso, você sabe que dessa vez, o final não foi um suspiro doloroso.

Viva.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Sentido


Por você não largarei tudo.
Carreira, dinheiro, muito menos Canudo.
É graças a você que isso eu só quero aumentar,
Afinal de contas, teremos nossos filhos e uma casa pra pagar.

Meu futuro encaminhado está,
Pois sei que encontrei a pessoa certa para casar.
Com você sei que vou envelhecer,
Meu amor, nossos melhores amigos, não poderemos esquecer.

Me dá um frio na barriga quando não usas palavra de carinho,
Sei que errei, sei que errei, sei que errei.

Por você, disposto a tudo estou.
Afinal, essas são palavras de quem sabe que errou.

Novas músicas entraram em minha playlist,
As que te lembram e as que não me deixam triste.
Se a  saudade aperta e a tristeza volta,
Um SMS ou uma ligação para a pessoa que se gosta.

Quando penso em você logo me vem um grande sorriso.
A você agradeço, a você me dedico.
Ah, contigo uma vida quero construir.
Agradeço a Deus, meu amor, por ele te fazer existir.

Cada dia que se passa,
Cada dia mais acredito,
É com você que terei uma casa,
É é pra você, meu amor, que dedico esse sorriso.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Eletrocardiograma


O silencio ao acordar fora somente em palavras,
O riso sem jeito soou como gritaria aos ouvidos e fogos de artifício ao coração.
A circulação sanguínea entra em sintonia com seu olhar,
Fazendo meu corpo dançar conforme suas mãos estão a me acariciar.
Assim descobri que para dançar a dois não é necessário movimento,
E sim, olho no olho, batimento com batimento.

Já temos mais de vinte anos,
Enquanto brincamos, nos pegamos fazendo planos.
Meu amor, no joquempô não vale escalar.
E nossa filha, quando irá chegar?

Quando se afastas de mim, meu travesseiro já tem nome.
O edredom se fortalece. E o mundo? Ah, me esquece!
Assim, quando estás longe, agradeço a Meucci e a Guerra Fria.
Afinal, sem telefone e internet, meu amor viveria em agonia.

Metade de mim, contigo está.
A sua metade comigo amor não irá faltar.
Como isso fora acontecer? Amor, Não sei!
Sei que a ti olhei e não mais esquecerei...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Preencha sua Cesta


  Hoje é sexta feira, São Paulo, minha terra, a cidade da garoa estará cheia de promessas para essa noite.
Restaurantes, bares, baladas, o desconhecido. Camas que retiram o conforto da sua habitual podem passar a ser a pedida da noite.
  Olhares, paqueras e bebidas, o depois a São Paulo caberá decidir. Quando se está só, a dama da noite lhe aparece e você amanhecerá em seus braços, sem lembrar ao menos seu nome.
  A garoa não importa se ela já sentiu seu perfume, cabe a você pedir outra bebida, puxar mais assunto. O apetite aumenta a cada momento junto a dose de whisky tomada com o trago de um cigarro na área de fumantes.
  Você, você está ciente de que a cama será desconhecida, a esta hora não lhe importa a pessoa e, sim, a experiência noturna que São Paulo lhe proporciona.
  Stalkers já sabem o seu caminho, logo, sozinho não ficarás. O botão de sua camisa já proporciona o volume do peito devido às batidas aceleradas de seu coração.
   Quanto a mim, o meu vinho já está na mesa e, os stalkers que me perdoem, São Paulo que me perdoe, eu ficarei sentindo o meu próprio cheiro, em minha própria cama, alimentando o meu próprio amor.

domingo, 11 de março de 2012

Missão


“E se”, está ai uma sentença tensa,
Acontece com todos, até com quem não tem crença.
Talvez a razão de tudo centraliza-se nisso,
O “e se”, de um abraço, o “e se” de um sorriso.
“E se” ela não me gostar, “e se” ela não me amar, “e se” eu parar de chorar?

E se Arriscar, e se libertar, e se permitir, e se... V I V E R.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Sem . (ponto)


Ele passou a criar amores inventados para fugir da falta de gosto, a noite por instantes não parece ser tão escura. Sua imaginação chega a ser fértil a ponto de imaginar tudo nos perfeitos e minimos detalhes, lado a lado, respiração contra respiração, o olhar vai se cansando, vendo a perfeição em sua frente, passando pelo mesmo estado físico, não se cansam, olhar fixo.
A sincronia cada um tem em sua propria mente, sendo está uma só. O olhar fica distante diante do olhar a frente, a reciprocidade segue adiante, se pensam sobre o futuro ou o passado, ambos não sabem o de cada qual, o que importa naquele momento, é o adormecer, frente a frente.

De repente um barulho o tira da concentração, ele se depara com seu travesseiro, a frustração passou a ser presente, a falta de gosto está o matando a cada segundo solitário.
Voltando bruscamente a realidade, os pensamentos verídicos vem a tona, ele sabe que estes pequenos momentos são mínimos diante da realidade, porém, são os que motivam o casal a seguir diariamente a sua rotina nada parecida, diariamente...

Ele é grande o suficiente para saber que arranhões são feridas que curam, que seu passado influenciou em seu presente, que a cada minuto vivido está mais proximo do fim, ele é grande o suficiente para saber que feridas amorosas são eternas, foram do passado, é do presente e serão futuras; Mesmo com este olhar critico sobre a perdição e cegueira amorosa, ele acredita ser necessário não estar só, acredita ser necessário ter gosto, acredita ser necessário utilizar do seu dom de amar, sendo assim, enquanto não aparece alguem para ele novamente, retorna  a seu travesseiro, aguardando a realidade imitar seus longos pensamentos amorosos.