terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Semente, Paulistano



Acolá está, somente mais um paulistano, de semente mixada, indexado ao nada e ligado ao tudo.

Acola ele não mais está, disperso da multidão, sendo ele um paulistano, sendo ele um cidadão.

A solidão caminha contigo, sabes quão só és, somente ele sabe, assim como todos, assim como cada qual.

Sente sede do desconhecido, sabes que necessita disso, pois não sabes oonde encontrar aconchego, joga-se em buracos e mansões, em busca do nada, que lhe significará tudo, que germinará a alma.

Assim ele caminha, não usa passos de formiga, não usa passos sem vontade, pois ele sabe que o logo ali talvez lhe preencherá, que o encontro com o novo lhe trará algo prazeroso, seja em São Paulo, seja em uma terra qualquer, sem garoa.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sampa


Não moro no Rio de Janeiro para ver a garota de Ipanema, no doce balanço a caminho do mar.
Muito menos lá nasci, não tenho ninguem que me faz tudo sempre igual, me sacodir as 6 horas da manhã.
Não sinto o Inverno no Leblon, quase glacial.

Eu sou aquele que ama uma música e odeia em uma semana, maldita culpa do despertador, maldita culpa de colocá-la como toque ao despertar.

Sou paulistano, cruzo a Ipiranga com a São João, não com o sentimento musical, mas com o atraso ocasional.

Sou suburbano, acelero sempre os passos, a beleza quando aprecio é coisa única, a joaninha no cabelo de uma morena, voou...

Daqui sou natural, natural de uma mistura única, que só o ser paulistano consegue possuir.
Daqui não sou igual, mesmo sendo só mais um, sou um milhão em um.

Desacelero os passos, desacelero os pensamentos, acá encontro eu, tu, ele, encontro todos os sujeitos, todos os trejeitos, eu encontro.

Acá é só mais um paulistano, na terra de pedra, de ninguém, mas qual terra que não tem? E qual terra pertence a alguém? 

Acá é só mais um paulistano, aqui tem praia, tem palmeira onde canta o sabiá, acá tem bixo, tem grilo, mas cada qual em seu lugar.

Acá é terra da garoa, eu lhe informo, não chove 24 horas, aqui tem sol, tem flores, tem arco-iris e amores.

Acá é só uma companhia de uma noite épica, inesquecível, que no outro dia não lembrará o nome, muito menos caracteristica, algo mágico passou, algo que em sua mente, somente ficou.

Acá, São Paulo.

domingo, 20 de novembro de 2011

Paulistano

E em uma noite erudita, não houve toque, poucos contatos, nada profundo.
Uma noite de nada novo no céu paulistano, porém, na rua, algo surge e lhe trás o brilho, aquele da estrela, aquele das estrelas, simplesmente aparece.
Na noite paulistana...
Na noite paulistana o brilho não está no céu, e sim, nas pessoas.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Tumulto



Fuma-se a caneta e o cigarro passa a fazer o contorno das palavras.
O local do acontecido muda a cada fração de segundo, o passar do tempo é ultrapassado, mesmo assim, o agora paralisou-se.
Sentimentos amorosos tomam conta da fumaça. Ouve-se: - Para quem? O mundo fora a resposta apropriada.
Com um semblante de amargura, o escritor encontra seu foco ao fogo, a chama acende-se, o calor tomou conta do ambiente.
Casais amargurados trouxeram ventania, o escritor voltou a fumar sua caneta, sem o vermelho como tinta, sem o vermelho, como amor.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

3

Cansei-me de ser tua tatuagem, a cada sessão de retirada a cicatriz aumenta. Sonha-se tornar um alívio.
A cara de indiferença faz-se presente a todo o momento. Dar as costas? Atitude manjada...
As vezes uma cara perdida, amargurada, em instantes desaparece graças ao sentimento do corpo, graças ao frio.
Um olhar de lado, rapidamente perde-se através da sensualidade dos passos.
A tatuagem? Somente em memórias.
A cicatriz? Futuramente dará espaço a uma nova tatuagem...nova, mas novamente...

Rabisco

De que serve o vento frio, a chuva, quando se está sozinho?

De que serve a liberdade, a agressividade, quando não se está na cidade?

De que serve a imensidão, o sorriso de um dragão, quando não se enxerga na multidão?

De que serve este cigarro, a caneta na mão, a inspiração, quando não se há, exatamente, um por que? CALE-SE

domingo, 16 de outubro de 2011

Bem vindo ao Séc. XXI

Eu sinto fome, fome de ser o cobertor alheio, para esquentar nos momentos frios da noite paulistana e aquecer ainda mais as noites quentes cariocas.
Eu sinto vontade, eu sinto vontade de jogar pra fora todo o amor que tenho, toda a capacidade do ser humano de se doar, doar-se inteiramente pra alguem.
Eu sinto necessidade, necessidade de ser o centro de alguém, o que ultrapassa a ilusão e chega a uma verdade que somente a dois é descoberta.
Eu sinto desejo, desejo da determinada boca, do determinado beijo, sinto desejo do seu anseio, sinto desejo do desejo.

Eu sinto dor, dor em viver aonde isso é praticamente... utopia (amorosa).

Eu sinto...

Bem vindo ao século XXI

sábado, 15 de outubro de 2011

Agora só falta você

Essa noite, essa noite me esbaldarei em seu corpo, me entrelacarei em suas pernas, seremos um só.

Essa noite a velocidade de seus toques irão se acalmar ao encontrar a sensibilidade de meu corpo, essa noite não haverá copos, somente eu e você.

Uma sobriedade que me leva as estrelas, uma jeito de amar que nunca fora-se visto através de janelas, a menina dos olhos estará direcionada a sua veracidade.

Essa noite você será minha tatuagem, perfurando me a cada toque, misturando-se sentimentos de dor e fixação, quebrando o tabu sobre a existencia do amanhã, quebrando a rotina através do clarão de seus olhos.

Essa noite eu lhe esperarei, preparativos prontos, ilusões, apostas, tudo em seu devido lugar, agora só falta você, por si, só.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Calibre

Eu dou um tiro, eu dou um tiro na sociedade, na politicagem, na miséria e na falta de coragem;
Eu dou um tiro em quem tem medo, e quem sente sede de ir ao pote porém não realiza seu desejo;
Eu dou um tiro em quem quer e não faz, nos medrosos e asquerosos que são herois, mas esses são aqueles que mais estão a sós;
Eu dou um tiro em quem buzina no trânsito, em quem diz que é agressivo com a mulher, mas na verdade, hey, você, qualé que é?
Eu dou um tiro em quem quer que seja, você que não quer mas no fundo deseja... Eu dou um tiro...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Traição amorosa

Me traia comigo, julgue minha pessoa à mim, comente sobre minha culpa à mim, desconte sua raiva na cama comigo, como se fosse outra pessoa, me bata, me amarre, tire meu fôlego, me tatue com sua unha, me beije sem batom, tire seu odio de mim, comigo.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Passos

E de repente... De repente o que eu sentia eu descobri que não era saudade, era falta. Descobri que o que passei contigo eu passo/passarei com outros seres.
Descobri que o chocolate é para ser degustado de diversas maneiras, não somente em seu corpo.

De repente eu descobri que a distancia não é algo que mata, muitas vezes, é algo que facilita e faz com que dure o que está por terminar com a facilidade do contato.

De repende eu descobri que você utiliza chocolate, cerveja, frutas e alguns aditivos com outros seres, assim como usava comigo. Descobri que somos substituiveis, descobri que o que há entre eu e qualquer um outro ser, é apenas mais uma descoberta...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Deixo

Eu deixo, eu deixo o sorriso de lado, eu deixo a lágrima cair, eu deixo meu pensamento me matar, a saudade aqui toma conta do ar, eu deixo você me dominar mesmo distante, eu sou o seu brinquedo, eu deixo toda a minha estupidez tomar conta de mim quando você me vem a cabeça.

Eu deixo de ser idiota com os outros, para contigo, ser o dono do circo, eu deixo a salvação vir até mim atravez do taxi rumo a sua casa.

Eu simplesmente deixo, deixo de existir sobre esta distancia que me corroi, sobre suas palavras escritas, não faladas, não sentidas, palavras...

Assim eu espero, assim eu deixo, assim eu simplesmente respiro.

A dor do ser que fica entre o amor e a paixão, deixando o melhor lado mais distante possivel, deixando o toque mais doloroso atravez de sua fotografia.

Eu deixo o seu inverno me congelar, esperando que uma noite a sua lareira acenda e me traga a vida novamente.

Eu quero sentir o gelo, sentir o fogo, sentir seu desejo, mesmo me matando, você me faz querer acordar amanhã e sentir toda a dor novamente.