Ele passou a criar amores inventados para fugir da falta de
gosto, a noite por instantes não parece ser tão escura. Sua imaginação chega a
ser fértil a ponto de imaginar tudo nos perfeitos e minimos detalhes, lado a
lado, respiração contra respiração, o olhar vai se cansando, vendo a perfeição
em sua frente, passando pelo mesmo estado físico, não se cansam, olhar fixo.
A sincronia cada um tem em sua propria mente, sendo está uma
só. O olhar fica distante diante do olhar a frente, a reciprocidade segue adiante,
se pensam sobre o futuro ou o passado, ambos não sabem o de cada qual, o que
importa naquele momento, é o adormecer, frente a frente.
De repente um barulho o tira da concentração, ele se depara
com seu travesseiro, a frustração passou a ser presente, a falta de gosto está
o matando a cada segundo solitário.
Voltando bruscamente a realidade, os pensamentos verídicos
vem a tona, ele sabe que estes pequenos momentos são mínimos diante da
realidade, porém, são os que motivam o casal a seguir diariamente a sua rotina
nada parecida, diariamente...
Ele é grande o suficiente para saber que arranhões são
feridas que curam, que seu passado influenciou em seu presente, que a cada
minuto vivido está mais proximo do fim, ele é grande o suficiente para saber
que feridas amorosas são eternas, foram do passado, é do presente e serão
futuras; Mesmo com este olhar critico sobre a perdição e cegueira amorosa, ele
acredita ser necessário não estar só, acredita ser necessário ter gosto,
acredita ser necessário utilizar do seu dom de amar, sendo assim, enquanto não
aparece alguem para ele novamente, retorna
a seu travesseiro, aguardando a realidade imitar seus longos pensamentos
amorosos.
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