sábado, 7 de janeiro de 2012

Sem . (ponto)


Ele passou a criar amores inventados para fugir da falta de gosto, a noite por instantes não parece ser tão escura. Sua imaginação chega a ser fértil a ponto de imaginar tudo nos perfeitos e minimos detalhes, lado a lado, respiração contra respiração, o olhar vai se cansando, vendo a perfeição em sua frente, passando pelo mesmo estado físico, não se cansam, olhar fixo.
A sincronia cada um tem em sua propria mente, sendo está uma só. O olhar fica distante diante do olhar a frente, a reciprocidade segue adiante, se pensam sobre o futuro ou o passado, ambos não sabem o de cada qual, o que importa naquele momento, é o adormecer, frente a frente.

De repente um barulho o tira da concentração, ele se depara com seu travesseiro, a frustração passou a ser presente, a falta de gosto está o matando a cada segundo solitário.
Voltando bruscamente a realidade, os pensamentos verídicos vem a tona, ele sabe que estes pequenos momentos são mínimos diante da realidade, porém, são os que motivam o casal a seguir diariamente a sua rotina nada parecida, diariamente...

Ele é grande o suficiente para saber que arranhões são feridas que curam, que seu passado influenciou em seu presente, que a cada minuto vivido está mais proximo do fim, ele é grande o suficiente para saber que feridas amorosas são eternas, foram do passado, é do presente e serão futuras; Mesmo com este olhar critico sobre a perdição e cegueira amorosa, ele acredita ser necessário não estar só, acredita ser necessário ter gosto, acredita ser necessário utilizar do seu dom de amar, sendo assim, enquanto não aparece alguem para ele novamente, retorna  a seu travesseiro, aguardando a realidade imitar seus longos pensamentos amorosos.