Mesmo com asas machucadas,
O anjo voa desatento.
Cambaleia em alguns momentos,
Entristecido sobre o relento.
Aqui está, ali, não mais,
Disseram que fora visto voando pelo cais.
Inveja deve ter sentido dos marinheiros,
A zonear e a curtir a farra no mundo inteiro.
Diante das ondas ele põe-se a chorar,
Com seu amor, o anjo não mais está.
Ah, meu anjo, deixa eu lhe ensinar,
O marinheiro feliz agora está,
Porém, quando vai dormir, dorme somente com o barulho do
mar.
Ensino-te, meu anjo, mesmo com suas asas feridas,
Essa não será a primeira, nem a última partida sofrida.
Quero sempre seu bem por onde quer que se vá,
Erga as asas, meu anjo, é novamente hora de voar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário